quinta-feira, dezembro 09, 2004
No meu tempo...
- E a independência, a emancipação e a luta pelos direitos da mulher?
Parou de bater os ovos. Levantou os olhos azúis e cravou-os nos meus. Sentou-se, mandou-me sentar e com os cotovelos enrugados pousados no tampo frio de mármore da mesa falou-me de tempos idos. ..tempos diferentes. Disse-me que achava muito bem à independência, à emancipação e à luta pelos direitos da mulher e que por vezes sentia alguma inveja da vida livre e moderna das mulheres de hoje. Corou um pouco...talvez se tivesse divertido mais se na altura também se pudesse evitar que as barrigas crescessem....
Fez uma pausa e encolhendo os ombros disse-me que, mesmo assim, não percebia o que movia as mulheres e os homens de hoje.
- No meu tempo era tudo bem mais simples. Uma mulher queria um homem que tomasse conta dela e um homem queria uma mulher que tomasse conta dele.
Assegurou que o amor e a paixão viriam com o passar dos dias partilhados. Ora, não tinha ela casado com um perfeito estranho que amava hoje mais do que ontem e certamente menos que amanhã?
Soltou-se me uma interjeição céptica, renitente que a fez suspirar novamente.
- Filha, no meu tempo era assim, agora não sei. Que me dizes?
Parou de bater os ovos. Levantou os olhos azúis e cravou-os nos meus. Sentou-se, mandou-me sentar e com os cotovelos enrugados pousados no tampo frio de mármore da mesa falou-me de tempos idos. ..tempos diferentes. Disse-me que achava muito bem à independência, à emancipação e à luta pelos direitos da mulher e que por vezes sentia alguma inveja da vida livre e moderna das mulheres de hoje. Corou um pouco...talvez se tivesse divertido mais se na altura também se pudesse evitar que as barrigas crescessem....
Fez uma pausa e encolhendo os ombros disse-me que, mesmo assim, não percebia o que movia as mulheres e os homens de hoje.
- No meu tempo era tudo bem mais simples. Uma mulher queria um homem que tomasse conta dela e um homem queria uma mulher que tomasse conta dele.
Assegurou que o amor e a paixão viriam com o passar dos dias partilhados. Ora, não tinha ela casado com um perfeito estranho que amava hoje mais do que ontem e certamente menos que amanhã?
Soltou-se me uma interjeição céptica, renitente que a fez suspirar novamente.
- Filha, no meu tempo era assim, agora não sei. Que me dizes?
1 Comments:
Também não sei o que dizer, mas esbocei um sorriso enorme. Antes parecia mais simples... mas e quando o amor nunca chegava a surgir? Hoje temos o lado positivo de termos coragem para ficar sós se não encontrarmos o que tanto desejamos para a nossa vida mas, por outro lado, existe o lado negativo da intolerância. Parece que hoje se perdoa menos. Beijo grande :) Carla.
commented by Anónimo, 8:56 da manhã