SILÊNCIO FALADO

quinta-feira, novembro 25, 2004


- Posso pegar-te na mão e levar-te para longe daqui , onde as cores que se entrelaçam no ceú do anoitecer nunca se põem Posted by Hello
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Das portas que se fecham

E os olhos procuraram os olhos, a boca aprontou-se , ávida do doce sabor das palavras reconciliadoras mas um movimento quase imperceptível da cabeça fez erguer a muralha de longos anos silenciosos.
O coração sentiu a ponta afiada e gelada da indiferença e os ouvidos fecharam-se num zumbido que fez o tempo suspender-se.
Não mais ouviria o som da voz que tantas vezes a aconchegara.
Sabia agora que seria sempre assim

posted by elisa, 15:06 < | link | 4 comments |

segunda-feira, novembro 22, 2004

Hoje sou 9!

You Are the Peacemaker
9

You are emotionally stable and willing to find common ground with others.
Your friends and family often look to you to be the mediator when there is conflict.
You are easy going and accepting. You take things as they come.
Avoding conflict at all costs, you're content when things are calm.

What'>http://www.blogthings.com/numberquiz.html">What number are you?


Ah, pudesse eu ser assim!

Teste via o ninho da gata

posted by elisa, 16:19 < | link | 5 comments |

quarta-feira, novembro 17, 2004

Reconhecimento de escrita

Pergunto-me muitas vezes se a alma pode doer.
Tenho quase a certeza que é possível. De que outro modo poderia então explicar o peso que sinto no coração, o aperto no estômago, o subtil mas aterrador tremor que me percorre o corpo de vez em quando?
Quando isto acontece, sento-me e tento desligar.Sonho de olhos abertos, sonho que saio do meu corpo, que me movo por entre sonhos, ideias e pensamentos e que a vida corre desordenada por sombras e luzes. Aí, a vida vira filme e vejo-me num ecrã de cinema, com o charme intocável e as respostas sem falhas das míticas personagens do grande ecrã. É lá que me sinto bem. Os tremores cessam, desaparece o peso que sentia pairar-me sobre a cabeça. Sinto-me livre.
Por vezes quando regresso, sou novamente assaltada por medos inexplicáveis e há dias em que tenho de repetir a viagem. Sei que cada vez que parto, levo uma parte de mim para o outro lado. Acredito piamente que conseguirei transportar quem eu quero até ao meu universo. Mas por ora, preciso desse refúgio para enfrentar a rua, o olhar das pessoas. Graças a ele, flutuo pela rua esboçando um sorriso, os olhos cravados no céu, cantarolando. Quem olhar para mim pode pensar que me se sinto dona do mundo, que as minhas passadas denotam uma absurda autoconfiança. E talvez me sinta de facto dona do mundo, do meu mundo. E quando os meus olhos encontram os olhos impiedosos de quem acha que é impertinência essa forma de andar, tropeço e sorrio. Sei que é perigoso elevar-se assim esquecendo os olhos impiedosos desse mundo.
Por isso, desço à terra. De vez em quando.


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terça-feira, novembro 09, 2004

Tentativa de homenagem


"A primeira fase do saber, é amar os nossos professores"
Autor: Erasmo

Admirei-a, amei-a e detestei-a tanto quanto se pode admirar, amar e detestar um bom professor. Era dinâmica, ambiciosa e cheia de vida mas há uns dias atrás, foi embora. Demasiado cedo, claro...
Gostaria de deixar aqui, nesta teia electrónica, uma marca, desejando talvez utopicamente transpor dimensões e chegar até si.Dizer-lhe que há carinho na minha memória de si e que não a vou esquecer porque me ensinou mais do que pode pensar, mais do que eu própria posso achar.Gostaria também que se lesse na minha contenção toda a minha admiração.
Adeus
posted by elisa, 18:32 < | link | 9 comments |

sábado, novembro 06, 2004

As andanças do tempo

Uma longa nuvem branca atravessa, lentamente, empurrada pelo vento, o fundo azul da janela do carro. Sigo-a com o olhar e, à medida que vai desaparecendo, o tempo parece querer parar. Abro a janela para sentir de novo o vento que há pouco, no passeio, me agitou o cabelo e moldou o corpo com gestos invisíveis. Agora, fez-se aragem leve e deixa-me no colo uma folha que já perdeu há muito o viço.
Ponho a chave na ignição. Soltam-se os primeiros acordes de uma música que pinta de preto e branco as recordações de uma época que não conheci. O tempo parece voltar atrás.

Stars shining bright above you
Night breezes seem to whisper
"I love you"
Birds singing in the sycamore tree
Dream a little dream of me

Say "Night-ie night" and kiss me
Just hold me tight and tell me you'll miss me
While I'm alone and blue as can be
Dream a little dream of me

Stars fading but I linger on, dear
Still craving your kiss
I'm longing to linger till dawn, dear
Just saying this

Sweet dreams till sunbeams find you
Sweet dreams that leave all worries behind you
But in your dreams whatever they be
Dream a little dream of me

"Dream A Little Dream Of Me" --Letra: Gus Kahn; Música: Wilbur Schwandt e Fabian Andree, 1930

Abro os olhos e o carro arranca. Partimos à procura dos sinais do futuro
posted by elisa, 18:57 < | link | 5 comments |

sexta-feira, novembro 05, 2004

Sinal de saída

Sei que é hora de ir embora por causa das pintas cor de rosa que o sol desenhou na fachada cinzento do prédio em frente.
Vou, portanto, embora.
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quinta-feira, novembro 04, 2004

Não me recordo de ti

Há já muitos dias que não te amo, que me esqueci.
Ah, como vivo bem sem ti! Quando chego a casa, não tenho que falar, não tenho que te dar atenção, perguntar como foi o teu dia, não tenho que saber o que vou fazer para jantar, faço o que me apetece e me dá na real gana. Tenho o sofá por minha conta e o comando sob controlo.Ocupo a cama toda e ninguém me rouba a almofada. Posso até deixar a roupa no chão. Já não vais dizer nada.A roupa é só minha, o chão é só meu!E faço bom proveito e as birras que eu quiser!
Não me recordo de ti. Nem do cheiro da tua pele, nem do calor do teu pescoço onde me escondia, das tuas mãos seguras sobre o meu peito, do teu hálito quente meu rosto e do brilho do teu olhar...do meu corpo a tremer sob o teu....Ainda bem que já te esqueci.

posted by elisa, 15:15 < | link | 8 comments |

quarta-feira, novembro 03, 2004

Inquietação

As palavras atropelam-se inquietas, o pensamento instável leva-me para locais bem distantes do teclado ou até mesmo da folha à minha frente. O coração aperta-se adivinhando a sobrecarga, os olhos endurecem-se para não deixar passar nada, a respiração faz-se ofegante e as ideias turvas...
Tenho que aguardar a bonança para tudo compreender.
posted by elisa, 14:30 < | link | 2 comments |