SILÊNCIO FALADO

quinta-feira, junho 23, 2005

Não gosto de sardinhas mas....



...quero ir dançar nos bailaricos de S.João!
Bom S.João a todos!
posted by elisa, 16:17 < | link | 3 comments |

Verão

O verão tem um cheiro característico. Cheira a quente.
Tolice a minha....Já se sabe que o verão é quente, que sobe narinas acima, seco, áspero, reconfortante. Que não se pousa delicadamente na pele como o faz a primavera. Não. O verão lambe a pele. Insistentemente. Abre poros, solta almas. Até à tontura.
E foi numa dessas tonturas que me lembrei de mim.
De fragmentos de mim num cenário de cores comidas pelo sol. No cenário familiar de verões passados, cheio de memórias fumegantes como o alcatrão no horizonte.
Da imobilidade azul do céu onde todos os meus sentidos se dilatavam.
Da facilidade ingénua com que me suspendia no tempo e no espaço.
O verão tem um sabor característico. Um sabor agridoce.
posted by elisa, 15:48 < | link | 3 comments |

quinta-feira, junho 16, 2005

Sobre a burrice...

Acompanhado por um sumo e uma sande de fiambre, o meu pequeno almoço de hoje:

"Os burros são lineares e o linear aí é pensar que os pobres são suspeitos, os pretos suspeitíssimos e os pretos pobres (em Portugal quase todos) só podem ser culpados."

Mário Negreiros, Jornalista
posted by elisa, 11:45 < | link | 6 comments |

terça-feira, junho 14, 2005

De como um filme nos pode ressuscitar

.

Talvez seja um exagero. Pouco importa. Eu sou exagerada. E romântica incurável.
"Amor ou Consequência" despertou-me de um estado de marasmo, abatimento, apatia, atonia, caquexia, consumpção, emaciação, enfraquecimento, estagnação, exsicação, extenuação, fraqueza, frouxidão, indiferença, inércia, melancolia e prostração.
E mais não digo.

Basta ir ver.
Ou espreitar aqui
posted by elisa, 10:37 < | link | 5 comments |

...

Numa das páginas da Internet a ele dedicada, Eugénio de Andrade nasceu e não morreu. Continua a ser "um dos mais lidos e traduzidos dos poetas portugueses vivos".

E é essa negação que me vou permitir. Eugénio de Andrade continua vivo para mim, com tanto ainda que tenho de explorar e sentir, eu que o descobri tão tarde. Tão tarde que só hoje, no jornal, descobri estes versos.

"Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."

Até ao nosso próximo encontro em versos seus...
posted by elisa, 10:08 < | link | 2 comments |