SILÊNCIO FALADO

segunda-feira, agosto 08, 2005

Confusões



Não percebes, não podes perceber.
Foi tão de repente que nem te sei explicar: Fechou-se me o coração e a boca.
Não quis ficar.
Percorri caminhos tortuosos, reconheci algumas esquinas, algumas ruelas; descobri avenidas por onde nunca tinha passado. Acho que nunca lá tinha passado...
Ou talvez as tenha apenas sobrevoado. Assim, rapidamente, em mais um momento de pressa, de sofreguidão, de desorientação.
Não interessa.
Interessa que andei toda a noite e não vi ninguém. Ninguém falou comigo, ninguém me olhou.
Oiço-te ao longe numa falsa interrogação: “Mas não era isso mesmo que querias?”
Era? Se era, não é o que eu quero mais. Quero desistir: Ignore-se a minha vontade.
Quero sair da noite para o dia.
Arriscar-me à vida.
posted by elisa, 15:53 < | link | 2 comments |

2 Comments:

Este texto é uma afirmação solar, na qual emerge um enorme desejo por um renascimento. Lindíssimo! beijinhos e continuação de boa semana :-)
commented by Anonymous Anónimo, 4:52 da tarde  
Olá! Engraçado, também, além do Buckley e outras afinidades, termos o mesmo template do singelo blog. Voltarei, bjs
commented by Blogger innocent bystander, 5:09 da tarde  

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