SILÊNCIO FALADO

Sabes, és a minha memória mais antiga de amizade.
Se fechar os olhos, vejo imediatamente o sorriso traquina dos teus cinco anos, oiço-te séria a convencer-me de que era o menino Jesus que trazia as prendas no Natal e eu, má, a rir-me de ti, dizendo que quem dava as prendas era o Pai Natal e que esse, de qualquer forma, não existia.
Depois, veio a adolescência, as diferenças, as procuras e a distância geográfica. Mas nunca o corte, o esquecimento. Houve sempre a amizade a fortalecer o fio invisível que nos liga. E hoje, como diz Rui Veloso é “mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”!

No dia do teu aniversário, desejo-te o melhor do mundo. É um desejo simples e banal mas tão sincero quanto o podem ser as coisas simples e banais. E depois, parte de um sentimento extraordinário que é a nossa amizade e o meu respeito e admiração por ti.

Joyeux anniversaire!