sexta-feira, junho 23, 2006
A sombra do vento
"Bea diz que a arte de ler está a morrer muito lentamente, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e que só podemos encontrar nele o que já temos dentro, que ao ler aplicamos a mente e a alma, e que estes são bens cada dia mais escassos."
Como se tivesse emergido de um mergulho em águas turbulentas, respiro fundo. Fecho os olhos, retendo emoções, prolongando as horas passadas com Julián, Daniel, Fírmin, Bea , Nuria e os outros. Subsiste a intimidade inviolável das imagens do livro, da Barcelona de Carlos Ruiz Zafón. Leio novamente o nome do autor na capa do livro. A menção "ficção universal" na lombada não me convence: sinto esta história mais real do que muitas vidas.
Ainda bem que há livros que não nos deixam morrer.
6 Comments:
da melhor forma dás-me vontade de ler. beijinho, bom fim de semana
commented by polegar, 5:18 da tarde
Concordo que nenhum livro nos deixa morrer. Todos eles terão um pormenor que nos é dirigido - a razão que leva alguém a escrever "aquilo" que alguém, algures, irá ler...
Não nos deixa morrer, e faz-nos pensar.
Os livros são, sem dúvida, uma das mais sublimes invenções humanas...
Ora bem...concorda que a leitura de livros não é muito apreciada pela maioria no nosso cantinho...já as publicações "de borla", as publicações de mexerico, essas têm exponenciado as vendas. Concluo que, apesar de tudo,há mais pessoas a ler neste país e isso é bom. Mas não é a quantidade que faz a diferença mas sim a qualidade...e um livro encaixa nessa definição de qualidade que nem todos compreendem ou querem compreender. Uma boa semana e um abraço Tuga ;)
grande livro.
o problema é que ainda não há mais nenhum dele publicado em Portugal. Podíamos fazer uma petição, que tal?
o problema é que ainda não há mais nenhum dele publicado em Portugal. Podíamos fazer uma petição, que tal?