quinta-feira, dezembro 07, 2006
Tempo
Para tudo é preciso tempo.
Nunca soube muito bem quanto; chego geralmente demasiado cedo ou demasiado tarde; músicas, filmes ou pessoas entram no campo dos meus afectos a ritmo lento, imposto por desconfianças e preconceitos, incompatível com o correr do tempo. O justo seria que se abrisse uma excepção e me fosse concedido um prolongamento de juventude, já que tudo demora mais para mim. O momento certo é um déjà-vu ou uma miragem. Não confio na percepção que tenho dele, pois de tanto a minha mente vaguear, pouco sei daquilo que é e do que parece ser.
Por isso, não sei se este é o momento de voltar.
Sei que me engano muitas vezes. E digo-o, em alto e bom som, a quem quiser(ou nem por isso) ouvir: necessidade egocêntrica de avisar o mundo de que percebi a lição, apelando talvez à indulgência dos seus fados.
E é também por isso que aqui estou.
Hoje.
Amanhã, veremos.
6 Comments:
O momento de voltar é sempre o primeiro momento, aquele que brota sem pensarmos, aquele que nos deixa com todos os sentidos desactivados.
Voltar é sinal de renovação. Recriar é um desejo e um dom. Porque não aproveitar o momento?...
O importante é nunca, mas nunca olhar para trás e pensar em "ses"...
O importante somos nós e a satisfação dos nossos Sentidos, com a percepção de que a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros.
Volta em breve, se puderes.
Beijos!