SILÊNCIO FALADO

Dizem que não há como viajar para renovar energias. E eu confirmo. Ainda que tenha ido a trabalho, passar 3 semanas num país tão diferente do nosso, trouxe-me quietude e relatividade.
Reiquiavique é uma cidade pequena cheia das coisas boas de que se pode desfrutar numa capital. Só que há menos carros, menos poluição, menos gente. Fine by me.
Até os sinos das igrejas badalam mais devagar, como se não quisessem incomodar. As casa não têm persianas, oferecem-se aos olhares (fugidios, porque parece que a curiosidade dos islandeses paára exactamente onde começa a privacidade do outro).
Claro que não perceber patavina das conversas à minha volta contribuiu para me colocar num estado de ignorância abençoada que só acrescentou paz à minha alma.
E a neve que não via há tanto tempo a parar o tempo. Um pouco como um dia de sol intenso sem vento.
Também não falta animação aos bares da capital e roupa e sapatos maravilhoso nas lojas(pois sou gaja para gostar de sapatos, sou sim senhora).
Lá a vida correu tão simples e tranquila que até me via a continuar por lá.

Regressei a casa e como dizem lar, doce lar. Mas se o lar se tornar amargo, quem sabe...